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segunda-feira, 31 de março de 2014
POEMAS DE LUIZ VAZ DE CAMÕES
“Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?”
Luís Vaz de Camões
terça-feira, 25 de março de 2014
sexta-feira, 21 de março de 2014
quinta-feira, 20 de março de 2014
domingo, 16 de março de 2014
quarta-feira, 5 de março de 2014
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O amor, quando se revela, 
 Não se sabe revelar. 
 Sabe bem olhar p'ra ela, 
 Mas não lhe sabe falar. 
 Quem quer dizer o que sente 
 Não sabe o que há de *dizer. 
 Fala: parece que mente 
 Cala: parece esquecer 
 Ah, mas se ela adivinhasse, 
 Se pudesse ouvir o olhar, 
 E se um olhar lhe bastasse 
 Pr'a saber que a estão a amar! 
 Mas quem sente muito, cala;
 Quem quer dizer quanto sente 
 Fica sem alma nem fala, 
 Fica só, inteiramente! 
 Mas se isto puder contar-lhe 
 O que não lhe ouso contar, 
 Já não terei que falar-lhe 
 Porque lhe estou a falar..
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