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quinta-feira, 27 de setembro de 2012


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Fernando PessoaFernando PessoaPortugal1888 // 1935Poeta
Grandes Mistérios HabitamGrandes mistérios habitam 
O limiar do meu ser, 
O limiar onde hesitam 
Grandes pássaros que fitam 
Meu transpor tardo de os ver. 

São aves cheias de abismo, 
Como nos sonhos as há. 
Hesito se sondo e cismo, 
E à minha alma é cataclismo 
O limiar onde está. 

Então desperto do sonho 
E sou alegre da luz, 
Inda que em dia tristonho; 
Porque o limiar é medonho 
E todo passo é uma cruz. 

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
postado por marlene de goes

5 comentários:

Marites Rehermann disse...

Belissimo poema, amiga Marlene!! Adorei as borboletas caindo...vou colocar umas lá no blog também, adoro borboletas!!

Tenha um lindo dia, amiga querida!!
Beijinhos!!♥

Élys disse...

Sempre encontramos belos poemas por aqui.
Beijos.

chica disse...

Muito lindo,Marlene!!beijos,tudo de bom,ótimo fds!chica

Ghost e Bindi disse...

Sim, muitos de nós têm medo de olhar-se a si mesmos, e encontrar um abismo...belíssimo poema...

Abraços!

Bíndi e Ghost

Majoli disse...

Que lindo Marlene!!
Beijos de um delicioso final de tarde, um anoitecer de paz e uma semana cheia de alegrias.

Beijos com carinho.

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