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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

CHÃO DE ESTRELAS





Chão de Estrelas

Silvio Caldas

Minha vida era um palco iluminado
Eu vivia vestido de dourado
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guizos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações
Meu barracão no morro do Salgueiro
Tinha o cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou
Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda, qual bandeiras agitadas
Pareciam estranho festival!
Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional
A porta do barraco era sem trinco
Mas a lua, furando o nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
Tu pisavas os astros, distraída,
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão
SILVIO CALDAS 
Postado por marlene de goes


3 comentários:

Lis Fernandes disse...

Olá, amiga!!!

Belo poema e linda postagem.
O título me fez pensar... que beleza seria pisar num chão de estrelas... do mar. rsrs
Vamos respirar a poesia.
Beijos e o meu carinho.

chica disse...

Linda essa letra!Bom rever! beijos,chica

Leonice disse...

Lindo Marlene, gostei de recordar isso, Obrigada minha querida, receba meu carinho!

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