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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O MEU SONETO

O Meu SonetoEm atitudes e em ritmos fleumáticos, 
Erguendo as mãos em gestos recolhidos, 
Todos brocados fúlgidos, hieráticos, 
Em ti andam bailando os meus sentidos... 

E os meus olhos serenos, enigmáticos 
Meninos que na estrada andam perdidos, 
Dolorosos, tristíssimos, extáticos, 
São letras de poemas nunca lidos... 


As magnólias abertas dos meus 
dedos 
São mistérios, são filtros, são enredos 
Que pecados d´amor trazem de rastros... 

E a minha boca, a rútila manhã, 
Na Via Láctea, lírica, pagã, 
A rir desfolha as pétalas dos astros!.. 

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"

Tema(s): Alma Ler outros poemas de Florbela Espanca
Postado por marlene de goes


 

Um comentário:

Toninho disse...

Coisa linda ler Florbela.
Linda partilha Marlene.
Um abração carinhoso a voce.
Beijo de paz e luz nos seus dias.

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