Perdidamente
Florbela Espanca
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor! É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de ouro e de cetim... É condensar o mundo num só grito! E é amar-te, assim, perdidamente... É seres alma, e sangue, e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
Postado por marlene de goes
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2 comentários:
Florbela espanca era pura sensibilidade, saudades linda amiga, bjos Luconi
Admiro muito a sensibilidade linda de Florbela.
Minha amiga, beijos.
Élys.
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