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domingo, 21 de fevereiro de 2016

HORAS RUBRAS

HORAS RUBRAS



Horas profundas, lentas e caladas
Feitas de beijos rubros e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas...

Oiço olaias em flor às gargalhadas...
Tombam astros em fogo, astros dementes,
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata p'las estradas...

Os meus lábios são brancos como lagos...
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras...

Sou chama e neve e branca e mist'riosa...
E sou, talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!

Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade" 
// postado por marlene de goes

2 comentários:

Evanir disse...

Marilene minha amada amiga.
Estar marcando presença do seu blog para mim hoje é um milagre,
querida se demoro tanto pra vir com certeza não pude és conhecedora o afeto que tenho por você.
As dificuldades não imensas mas hoje estou aqui ara deixar um beijo e carinhos na sua linda alma.Evanir)

Élys disse...

Marlene, fico feliz em vê-la recuperada e voltando ao blog. Linda esta poesia como todas as escritas por Florbela Espanca.
Beijos.
Élys.

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