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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

SONETO DE DEVOÇÃO

Soneto de Devoção

Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.
Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.
Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.
Essa mulher é um mundo! — uma cadela
Talvez… — mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!
vinicius de moraes
Postado por marlene de goes


2 comentários:

Samuel Balbinot disse...

Boa tarde minha querida.. e logo de quem é o soneto né srrs
este eu posso dizer que aprendi a fazer sonetos lendo ele.. tenho um com o mesmo titulo mas é religioso..
beijos e até sempre querida amiga

Wanderley Elian Lima disse...

Vinicius era um gênio. Sempre nos encanta com seus poemas.
Bjux

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