Canção (Cecília Meireles)
Não te fies do tempo nem da eternidade,
que as nuvens me puxam pelos vestidos
que os ventos me arrastam contra o meu desejo!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te vejo!
Não demores tão longe, em lugar tão secreto,
nácar de silêncio que o mar comprime,
o lábio, limite do instante absoluto!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã eu morro e não te escuto!
Aparece-me agora, que ainda reconheço
a anêmona aberta na tua face
e em redor dos muros o vento inimigo...
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã eu morro e não te digo...
Postado por marlene de goes
6 comentários:
Marlene agora eu leio e releio, meus olhos se enchem de alegria, Cecília Meirelles é muito especial, parabéns pela escolha, beijos Luconi
Oi Marlene..
Quantas coisas que podemos fazer hoje e deixamos pra amanhã?
As vezes o amanhão não chega...
Lindo poema..amo a Cecilia..
Bj
Oi Marlene, desculpe chegar assim sem avisar!
O amanhã poderá ser muito tarde, afinal;
“Viver é sempre dizer aos outros que eles são importantes, que nós os amamos, porque um dia eles se vão e ficamos com a nítida impressão de que não os amamos o suficiente”. Chico Xavier.
Espero por sua visita. Ah, estou te seguindo.
Abs.
Batista.
Obrigado amiga pelo teu carinho em meu blog.
Saiba que tenho por ti admiração e apreço.
Um abraço do amigo Antônio, beijos.
Cecília agrada a TODOS SEMPRE!lINDA MARLENE! UM BEIJO,TUDO DE BOM,CHICA
Oi Marlene,
a ameaça do tempo que carrega tudo consigo. Belíssimo poema.
Gostei imensamente do seu comentário. Talvez a necessidade de nos entendermos através das letras traga-nos a coragem de quebra.
Beijos querida
Postar um comentário