Entre areia, sol e grama o que se esquiva se dá, enquanto a falta que ama procura alguém que não há. Está coberto de terra, forrado de esquecimento. Onde a vista mais se aferra, a dália é toda cimento. A transparência da hora corrói ângulos obscuros: cantiga que não implora nem ri, patinando muros. Já nem se escuta a poeira que o gesto espalha no chão. A vida conta-se inteira, em letras de conclusão. Por que é que revoa à toa o pensamento, na luz? E por que nunca se escoa o tempo, chaga sem pus? O inseto petrificado na concha ardente do dia une o tédio do passado a uma futura energia. No solo vira semente? Vai tudo recomeçar? É falta ou ele que sente o sonho do verbo amar? |
fonte- jovens poemas.com
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4 comentários:
Marlene, diante do elogio, eu venho trazer o meu carinho também até você e dizer...Ah, Obrigada e saiba que você é linda também viu!
Adorei o seu blog, ja sou seguidora e voltarei varias vezes com certeza.
Beijosssssss
Ah, seja sempre muito bem vinda ao meu cantinho romântico e me faça sorrir com tua presença.
Minha flor, o que dizer...além de que Drummond é poeta maravilhoso....bela escolha querida...
Que seu dia seja feliz...beijinhos
Valéria
Cara Marlene.
Bom encontrar Drummond pela manhã!!! Salva o dia. Obrigado pela escolha e parabéns por teu blog.
No amor, nem sempre são as faltas que nos perdem: é a maneira de proceder depois de as termos praticado.
Beijo.
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