Canção do meu abandono
Não, depois de te amar não posso amar ninguém!
Que importa se as ruas estão cheias de mulheres
esbanjando beleza e promessa
ao alcance da mão?
Se tu já não me queres
é funda e sem remédio a minha solidão.
Que importa se as ruas estão cheias de mulheres
esbanjando beleza e promessa
ao alcance da mão?
Se tu já não me queres
é funda e sem remédio a minha solidão.
Era tão fácil ser feliz quando tu estavas comigo!
Quantas vezes, sem motivo nenhum, ouvi o teu sorriso
rindo feliz, como um guiso
em tua boca?
Quantas vezes, sem motivo nenhum, ouvi o teu sorriso
rindo feliz, como um guiso
em tua boca?
E todo momento
mesmo sem te beijar eu estava te beijando:
com as mãos, com os olhos, com os pensamentos,
numa ansiedade louca!
mesmo sem te beijar eu estava te beijando:
com as mãos, com os olhos, com os pensamentos,
numa ansiedade louca!
Nossos olhos, meu Deus! nossos olhos, os meus
nos teus,
os teus
nos meus,
se misturavam confundindo as cores
ansiosos como olhos
que se diziam adeus...
nos teus,
os teus
nos meus,
se misturavam confundindo as cores
ansiosos como olhos
que se diziam adeus...
Não era adeus, no entanto, o que estava em teus olhos
e nos meus,
era êxtase, ventura, infinito langor,
era uma estranha, uma esquisita, uma ansiosa mistura
de ternura com ternura
no mesmo olhar de amor!
e nos meus,
era êxtase, ventura, infinito langor,
era uma estranha, uma esquisita, uma ansiosa mistura
de ternura com ternura
no mesmo olhar de amor!
Ainda ontem, cada instante era uma nova espera...
Deslumbramento, alegria exuberante
e sem limite...
Deslumbramento, alegria exuberante
e sem limite...
E de repente,
de repente eu me sinto triste como um velho muro
cheio de hera
embora a luz do sol num delírio palpite!
de repente eu me sinto triste como um velho muro
cheio de hera
embora a luz do sol num delírio palpite!
Não, depois de te amar não posso amar ninguém!
Podia até morrer, se já não há belezas ignoradas
quando inteira te despi,
nem de alegrias incalculadas
depois que te senti...
quando inteira te despi,
nem de alegrias incalculadas
depois que te senti...
Depois de te amar assim, como um deus, como um louco,
nada me bastará, e se tudo é tão pouco...
nada me bastará, e se tudo é tão pouco...
... eu devia morrer...
(Poesia de JG de Araujo Jorge – extraído
do livro Concerto a 4 mãos- 1959 )
do livro Concerto a 4 mãos- 1959 )
Q
POSTADO POR MARLENE DE GOES
7 comentários:
Lindooo!este Poema Amiga Marlene!será que depois de um grande amor assim não podemos mesmo amar mais?nunca mais?eu acredito que podemos amar sim..muitas veses..mais de formas diferente...sendo unico cada amor que passa pela nossa vida!não se deve morrer por um amor e sim viver por um amor!
Quando o amor nos tras já estes pensamentos...e esta silidão é melhor rever este amor!
Eita!não sou de comentar poemas..mais este comentei!rsrs!
Vim te deixar um abraço...ando com muito pouco tempo para visitar as amigas..mais sempre que puder estarei retribuindo o seu carinho vui?fica com Deus!
silidão?eheh!solidão....
Que lindo poema escolheste,Marlene! um beijo,tudo de bom,chica
Linda a poesia de JG de Araújo, quanto amor!! Bjs.
MININA MARLENE , JÁ QUERIDÉRRIMA:
Bom receber energias cristalinas, como as suas, cada cristal estrela guerreira,uma história contém,não é verdade???
Bemvindíssima,SEMPRE
Regina e Ricardo
somos todos UNO
Viver É Pura Magia
Boa noite minha querida amiga!
Sempre que venho aqui é para sorvir poemas cheio de encantamento...
Bjssssssssssss
Este poema do JG é muito bom. Escolhestes muito bem! Obrigado pela visita. Gosto de escrever simples para que todas as pessoas entendam.Já estou te seguindo. Abração.
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