Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
5 comentários:
Lindo seu post minha querida...penso que amar incondicionalmente, aparentemente pode nos exigir mais, mas tenho certeza que sempre... seja a situação que for, em que o Amor estiver presente, será maravilhoso.
Bom dia amiga...beijos...
Valéria
Drummond transmitiu muito bem essa necessidade de amar, de várias formas mas amar! Bjs
"Amar, é encontrar a própria felicidade na felicidade alheia"
Beijo.
Querida amiga
Hoje vim pensando um pouquinho no meu sonho
Por favor Clique no link abaixo.
http://www.mariaalicecerqueira.com/2011/08/prezado-amigo-leitor-e-seguidor-me.html
desde já lhe fico grata de todo o coração.
Muito Obrigada
Atenciosamente
Maria Alice
OI Malene que bom receber sua visita, olha seja bem-vinda entre nós. Fico feliz por ter que gostado volte sempre que desejar
te desejo uma boa noite!!!
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