O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Carlos Drummond de AndradePOSTADO POR MARLENE DE GOESnão de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
SITE O PENSADOR
5 comentários:
Que linda exaltação do amor por Drummond! Bjs
É verdade,Marlene!O amor antigo é eterno!Linda poesia de Drummond!Bjs,
Olá, Boa noite... Tem um presentinho pra vc, um banner no meu blog, n esqueça de pegar...
bjs Dalila
www.jejp.blogspot.com
Quanta coisa bela há nessas páginas a começar pelos versos de Drummond.
Adorável.
Abraços
Que maravilha este amor antigo...puro e eterno...bela escolha amiga...Drummond é fantástico...
Boa tarde...beijinhos
Valéria
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